Há 71 anos atrás, acontecia o início de umas das maiores conquistas da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial: a tomada de Monte Castelo.
A Batalha de Monte Castelo foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas (EUA e Brasil) e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.
Para que os Aliados pudessem alcançar a cidade Bolonha, era preciso romper a Linha Gótica: um complexo defensivo dos alemães, formado por fortificações nos montes Apeninos. Se conseguissem romper a Linha Gótica, os Aliados poderiam utilizar uma estrada conhecida como Rota 64. Era essencial que os aliados tomassem Bolonha para conter os avanços alemães em direção a França e obter a vitória definitiva na Frente Italiana. O Monte Castelo ficava localizado ao caminho de Bolonha, tomado pelos alemães, era um uma localidade estratégica importantíssima.
No final de novembro de 1944, os soldados brasileiros receberam a missão de conquistar o Monte Castelo, nos Apeninos.
Tomar Monte Castelo não foi nada fácil. As primeiras tentativas, realizadas nos dias 24, 25 e 26 de novembro, fracassaram. Uma quarta tentativa também fracassou. Em dezembro, as nevascas e o intenso frio do inverno europeu tornaram as condições ainda mais desfavoráveis aos brasileiros.
Os pracinhas se viram obrigados a ficar entrincheirados nos fox holes (tocas de raposa), buracos cavados no solo pedregoso. Além dos atiradores alemães, os brasileiros tiveram que enfrentar o frio e o risco de terem os pés congelados, o que poderia causar gangrena e tornar necessária a amputação.
Em fevereiro de 1945, com o final do inverno, uma nova operação foi lançada. Num esforço conjunto com a 10ª Divisão de Montanha do Exército Americano, os brasileiros atacaram. No dia 21 de fevereiro, após doze horas de combate, finalmente conquistaram Monte Castelo.
Para dificultar a visão dos atiradores alemães (que estavam nas melhores posições), os brasileiros queimavam óleo diesel, o que criava uma nuvem de fumaça escura. Os pracinhas também contaram com a ajuda da artilharia comandada pelo general Cordeiro de Farias e da aviação. Mais da metade das baixas fatais da FEB se deveu às tentativas de se tomar Monte Castelo.
Imagem: Soldados da FEB atirando contra as tropas da Whermacht, as Forças Armadas alemães em Monte Castelo.
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