quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Guerras Liberais




As Guerras Liberais, também conhecida como Guerra Civil Portuguesa ou Guerra dos Dois Irmãos, foi a guerra civil travada em Portugal entre liberais constitucionalistas e absolutistas sobre a sucessão real, que durou de 1828 a 1834.

Em causa estava o respeito pelas regras de sucessão ao trono português face à decisão tomada pelas Cortes de 1828, que aclamaram D. Miguel I como rei de Portugal. As partes envolvidas foram o partido constitucionalista progressista liderado pelo ex-Rei Dom Pedro IV (também ex-Imperador Dom Pedro I do Brasil) em nome de sua filha a Rainha Dona Maria II de Portugal, e o partido tradicionalista de Dom Miguel I de Portugal e ainda o Reino Unido, a França, a Espanha e a Igreja Católica.

Tudo começou com a morte do Rei Dom João VI em 1826. A Infanta Dona Isabel tornou-se regente do Reino e nomeou Dom Pedro I, então Imperador do Brasil, como Rei Dom Pedro IV de Portugal. Impedido de governar Portugal pela Constituição Brasileira de 1824, Dom Pedro abdicou o Trono Português em favor de sua filha Dona Maria da Glória, então uma criança de 7 anos de idade, até esta cumprir a idade necessária para casar com seu irmão Dom Miguel.

Em 1826, como parte do acordo de sucessão, Dom Pedro criou uma nova constituição, a Carta Constitucional Portuguesa de 1826, substituindo a de 1822, e retornou ao Brasil, deixando o trono à sua filha Dona Maria e seu irmão Dom Miguel como Regente. Em 1828 as Cortes aclamaram porém Dom Miguel como novo Rei de Portugal, considerando-o legitimo herdeiro do trono e ilegítimos todos os atos praticados por Dom Pedro em relação a Portugal após a declaração da independência do Brasil.

Dom Miguel ascendeu ao Trono Português como Rei absolutista, deixando Dona Maria da Glória de lado. Eis que em 1831, pressionado pelas crises políticas e em vista do que ocorrera com sua filha em Portugal, o Imperador Dom Pedro I abdicou ao Trono Brasileiro em favor de seu filho Dom Pedro de Alcântara e partiu para a Europa para restaurar o trono usurpado de sua filha. Em 1831, Pedro desembarca as suas tropas nos Açores e toma diversas ilhas, estabelecendo o arquipélago como base de operações.

Conquistado os Açores, Dom Pedro partiu para invadir Portugal continental com o exército reunido. Desenvolvendo-se a guerra, foi criada em 1834 a chamada Quádrupla Aliança entre os liberais portugueses, o Reino Unido, a França e a Espanha, visando impor regimes liberais nas monarquias ibéricas, e intervindo na guerra.
As tropas aliadas liberais avançaram à Portugal em 1834 e, após a definitiva Batalha da Asseiceira, vencida pelos liberais pedristas, findou-se os exércitos miguelistas que retiraram-se para o Alentejo.

A Convenção de Évoramonte pôs fim oficial a guerra, garantindo a paz, a restauração do sistema monárquico constitucional parlamentar, pondo fim ao absolutismo, o regresso de Dona Maria ao Trono Português com seu pai Dom Pedro, Duque de Bragança, como Regente e o exílio do derrotado Dom Miguel para a Alemanha.

As Batalhas da Guerra:
-Combate do Pico do Seleiro, ilha Terceira (4 de outubro de 1828)
-Batalha da Praia da Vitória, ilha Terceira (11 de agosto de 1829)
-Recontro da Ladeira do Gato, ilha de São Jorge (abril de 1831)
-Combate da Ladeira da Velha, ilha de São Miguel (3 de agosto de 1831)
-Cerco do Porto (Julho 1832 - Agosto 1833)
-Batalha da Ponte Ferreira, freguesia de Campo, concelho de Valongo (23 de Julho de 1832)
-Batalha do Cabo de São Vicente (5 de Julho de 1833)
-Batalha de Alcácer do Sal (2 de Novembro de 1833)
-Batalha de Pernes (30 de Janeiro de 1834)
-Batalha de Almoster (18 de Fevereiro de 1834)
-Batalha de Sant’Ana (24 de Abril de 1834)
-Batalha de Asseiceira (16 de Maio de 1834)





Fonte. A História e O Fato - Link: https://www.facebook.com/AHistoriaeOFato/?fref=ts



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