domingo, 16 de outubro de 2016

O Marquês de Pombal




Nascia em Lisboa, no dia 13 de Maio de 1699, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Nobre diplomata, foi secretário de estado (primeiro-ministro) durante o reinado de Dom José I (1750-1777).

Exímio estadista, Pombal foi responsável por levar a modernização até Portugal, um reino até então marcado por costumes e pensamentos medievais. Pombal foi o representante do Despotismo Esclarecido em Portugal, uma maneira de governar baseada nos pensamentos iluministas da época. Realizou várias reformas administrativas, econômicas e sociais. Acabou com a escravatura em Portugal Continental a 12 de Fevereiro de 1761 e, na prática, com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos (judeus convertidos ao catolicismo), apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição Portuguesa, em vigor até 1821.

Seu governo foi marcado por acontecimentos contraditórios como o Terremoto de 1755 que arrasou Lisboa, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitetônico da cidade e o Processo dos Távoras, uma tentativa de assassinato à Dom José I que resultou na execução pública de três membros da família Távora e a prisão de outros três. Além desses acontecimentos, foi durante o governo de Pombal que os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias.

Pombal não era muito bem visto por boa parte da nobreza portuguesa, nobres e os representantes do clero não gostaram de suas reformas porque tiveram seu poder e privilégios reduzidos, também havia o caso de como havia procedido no Processo dos Távoras, membros da família e seus servos haviam sido torturados e mortos. Maria I - que passou à história como D. Maria I, a louca - odiava-o. Quando o rei José morreu e a rainha louca subiu ao trono, em 1777, o marquês foi afastado do governo e condenado ao ostracismo, acusado de corrupção. Quis se defender, mas não lhe deram voz. A rainha fez publicar uma decisão dizendo que perdoava ao marquês por seus crimes e, como era senil e doente, não se exigiria que ele saísse do país. Essa atitude desgostou Pombal que se isolou em seu palácio, onde ficou até morrer, aos 83 anos em 8 de Maio de 1782.



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