Um resumo sobre o conflito sírio:
Dentro de um cenário geopolítico tão extenso e confuso, com vários países envolvidos, a esquerda escolhe o velho chavão de culpar um sistema econômico e uma cultura que construiu tudo que eles possuem por um guerra que não é sua.
Basta ler o cartaz e verá que foi o socialismo novamente que destruiu aquele país, assim como a Líbia de Kadafi (União Socialista Árabe), que também foi destruída por uma ditadura que juntou socialismo com aspectos regionais árabes.
A Primavera Árabe teve inicio na Tunísia, um comerciante cansado de ser roubado por forças estatais ateia fogo em seu corpo, logo aquilo se espalha pelo país, pelo norte do continente africano e chegando ao oriente médio.
O governo Assad enfrentou volumosas manifestações oposicionistas, mas também recebeu apoio de uma parte da população. Logo o regime passou a tratar protestos de forma violenta e uma guerra civil explodiu no país.
Forças governamentais enfraquecidas e uma estratégia de deixar o EI avançar para entrar em conflito com outros grupos fizeram com que Assad ficasse balançando na cordinha.
De um tempo pra cá tem recuperado alguns territórios:
Bashar al-Assad controla hoje um terço do país, seu governo é apoiado pela Rússia, Iran e Hezbollah, seus principais inimigos são a Frente Al Nusra, Estado Islâmico e Exército Livre da Síria e mais centenas de outras milícias espalhadas pelo país.
Rússia apoia incondicionalmente o governo Assad com armas e dinheiro, mas não realiza ataques diretos; o país disputa influência na região com os EUA.
Países do Golfo ( Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Jordânia e Emirados Árabes Unidos ) bombardeiam posições do Estado Islâmico e da Frente Al Nusra, não apoiam o governo de Assad e dão apoio bélico aos insurgentes "moderados".
Otan e EUA bombardeiam o Estado Islâmico e a Frente Al Nusta, mas não apoiam o regime de Assad; apoiam os insurgentes "moderados".
A Turquia ataca o EI e também o PKK, mas por vezes é acusada de facilitar a entrada de estrangeiros europeus na Síria para se filiarem ao EI; tem posição neutra em relação ao governo de Assad. há controvérsias.
O PKK é um grupo curdo tido como terrorista que também combate o EI, mas também a Turquia; neutro em relação ao governo de Assad; por enquanto.
O Iran fornece apoio bélico e financeiro a Síria e também apoia milícias xiitas no Iraque contra o EI.
O Exército Livre da Síria tem apoio da coalizão internacional, mas por vezes é atacado por EI e Frente Al Nusra, além de enfrentar o governo de Assad e Peshmergas.
Os Peshmergas são curdos do norte do Iraque ( Curdistão), combatem o EI e possuem o domínio de boa parte do norte da Síria, são considerados neutros para a coalizão e Assad, por enquanto.
Países do Golfo não acolhem refugiados sírios ( com exceção da Jordânia) apesar da proximidade e da semelhança;
Arábia Saudita arma rebeldes "moderados" para derrubar Assad; o país disputa influência com o Iran na Síria e no Yemen.
O Hezbollah é uma milícia libanesa considerada terrorista, combate lado a lado com as tropas pró-Assad contra todos os inimigos do regime.
Além das posições oficiais de Estado, existem também indivíduos isolados espalhados pelo mundo que dão apoio financeiro ao EI e outros grupos.
O conflito sírio é muito extenso e envolve muita coisa, não caia no papo furado dos esquerda.
Bashar al Assad
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