Em 1882, o Imperador Dom Pedro II, diante de uma seca arrasadora, mandou construir uma grande barragem para armazenar água no meio do sertão nordestino, atualmente o famoso Açude do Cedro, em Quixadá, Ceará.
O empreendimento é baseado em construções romanas, tem grades britânicas e cerâmicas portuguesas, além de uma capacidade espantosa de 126 milhões de metros cúbicos em armazenagem.
Essa obra faraônica ainda hoje irriga plantações, abastece criadouros, e fornece água ao povo da região e redondezas, gerando renda e desenvolvimento. O paraíso deles é lá.
Dom Pedro II ficou abismado com a seca ocorrida entre 1877 a 1879, momento em que muitos nordestinos morreram desidratados, desnutridos e famintos, como bem nos mostram os livros enviesados pela literatura regionalista de Raquel de Queiroz e Lima Barreto, dentre outros.
Um tema sempre atual, a água, por ser o bem mais precioso para a própria existência humana. Diante de tamanha importância, é intrigante vermos que mesmo diante da época, da distância, da limitação da engenharia, foi possível construir uma obra que libertou tal região de agourentas secas.
Enquanto Dom Pedro II mandava construir um grande açude armazenador de água no meio do sertão, somos obrigados a vermos em pleno século XXI uma cidade como São Paulo, riquíssima, ser humilhada sem água, e não por outra questão, mas pura e simplesmente por mera irresponsabilidade, falta de respeito ao povo, descaso com o cidadão.
E não apenas em São Paulo, em Minas Gerais também tem se visto crescentes secas. Mas irão dizer: "Mas seca tem em vários outros lugares". Sim, tem, mas os possuem por questão endêmica, natural, o que não são os casos em tela, produzidos por falta de investimentos, muito embora alertados tenham sidos por órgãos competentes.
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